Aula prática de fotografia no Mercado de São José, curso com Ivan Alecrim. Eu já tinha fotografado a mocinha do "Cochilolhar" e tava procurando mais coisas interessantes pra registrar. O interessante num curso de fotografia é que todos que estão ali estão procurando a mesma coisa que você: uma imagem interessante. Muitas vezes essa tal imagem surge quando você não tem a câmera em mãos, e nessa hora você é tomado por uma frustraçãozinha chata. Você pode ter perdido um momento que não vai mais se repetir, nem que você planeje uma segunda vez o tal acontecimento vai ser igual. Você já vai enxergar com outros olhos, outro sentimento. O chato de não ter uma câmera quando se faz um curso de fotografia é que esse sentimento te acompanha a todo instante. Quem detém o poder (a câmera) escolhe por onde ir e não precisa se preocupar com o tempo que fica esperando a imagem ideal (enquanto quem não tem fica se roendo imaginando fotos incríveis e dependendo do bon senso do detentor). Essa foto mostra bem isso. Eu tava num lugar onde tudo que os olhos das pessoas podiam ver estava nos cartões de memória das câmeras do grupo e eu precisava de mais algumas imagens, mas não queria melhorar o olhar de alguém, queria algo que ninguém tivesse visto. É por isso que os fotógrafos se abaixam, esticam e contorcem. Cada fotógrafo procura colocar o seu olhar no registro e era o meu dia de aprender isso. Forró tocando no entorno do mercado, gente gritando, bicicleta passando e muitas carroças de frutas e verduras, por toda parte. Ispirado pela pérola de João do Morro, fui na direção das uvas, mas porque mostrar só as uvas? Me abaixei de modo que, antes das uvas, eu viria algumas ameixas e goiabas. Pensei no desfoque e pronto, tava registrado o momento que eu chamo de "Chupa que é de uva". XTi e grande angular de Carol mais uma vez.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
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