segunda-feira, 1 de junho de 2009

Eu.doc

Eu, Rafael Freire Bandeira, comecei a tocar violão aos 14 anos, quando minha avó me ligou e disse:- Rafael, os meninos da igreja vão começar a dar aulas de violão, vá lá que seu primo também vai!E daí eu me senti obrigado a ir. Fui às primeiras aulas sem violão e depois consegui um Giannine Trovador rachado emprestado com uma amiga da minha mãe. Tive mais ou menos 1 mês e meio de aula e depois não fui mais porque os caras que ensinavam não tinham mais tempo e tal... Mas eu já tava contaminado. Continuei comprando revistinhas viciantes de cifras e fui aprendendo as músicas que eu gostava e as que o povo me pedia pra tocar. No meu aniversário de 15 anos eu ganhei Carolina Dieckman, meu Giannine Série Estudo que é um violão de extrema importância pra mim, mas que agora é (teoricamente) da minha irmã, já que eu ganhei Angelina Jolie, um Tagima Vegas que eu levo pra todos os lugares que eu vou. Em 2008 comecei a estagiar numa loja de artesanato e comprei minha guitarra, sem precisar de R$ 1,00 de ninguém. Tudo bem que o pagamento foi dividido em 392 meses, mas paguei sozinho. Jennifer Lopez é uma Condor CPV-I de quase 9 kg que eu combino com uma Boss ME 20 que veio com uma pequena quantia de “capital de investimento” da minha mãe pra pagar o cartão de Isa (o meu não tinha limite pra pagar a facada). Bom, o espaço que eu tenho pra tocar é a faculdade, naqueles eventos onde se toca aquelas músicas chatas, e as rodas de amigos da minha mãe, onde eu só toco o que eles querem ouvir... Eu até tento tocar quando tô com meus amigos, mas eles só pedem músicas que eu não lembro na hora e eu só toco coisas que eles não ouvem. A tal loja de artesanato me deu muito trabalho mas também me deu oportunidades. Um belo dia meu gerente me pediu pra fazer uma foto pra que o cliente pudesse escolher umas peças. Fiz a foto, o gerente gostou e eu ganhei um curso de fotografia! Viciei mas não tenho dinheiro pra comprar minha câmera (que custa uns dois mil e quinhentos reais...), por isso pessoal, estou aqui para pedir a ajuda de vocês. Eu poderia estar roubando, eu poderia estar matando, eu poderia estar fazendo filho por aí pra viver de Bolsa Escola, mas estou aqui honestamente pedindo uma colaboração. Cem reais, cinquenta reais, vinte reais, qualquer coisa serve!Bom, esse sou eu, Rafael Freire Bandeira.

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