Sempre ando com a minha câmera pra não correr o risco de perder uma imagem especial que surge de uma situação comum. Foi assim que fotografei o "Roberto Carlos" (não sei se esse é o nome dele mesmo, mas ele é como ele é conhecido), na Sé, em Olinda.
"Roberto Carlos, o figurão", por Rafael Bandeira |
Algumas vezes acontece a seguinte situação: alguém vê uma foto minha e logo vem o comentário "mas com uma câmera dessas, até eu...". Imediatamente entrego a câmera e peço pro... pra a pessoa fazer uma foto. O resultado é sempre o mesmo: ou tudo preto, ou tudo branco. A pergunta depois da foto também é sempre a mesma: "o que eu fiz de errado?". Resposta: "não fotometrou e não viu que a câmera estava no modo manual". Nessas situações eu tenho vontade de tacar o tripé na testa do cidadão.
Não precisa pensar muito pra ver como tem um monte de gente querendo ser fotógrafo. Virou moda. Isso é consequência da era digital, que (para o bem geral da nação) democratizou a fotografia, mas a fotografia, e não a profissão de fotógrafo.
O que faz de mim um fotógrafo não é a minha câmera, nem meu Flickr, nem meus cursos. Sou fotógrafo porque tenho na alma a busca pelo instante decisivo. Eu fotografo pra mostrar a essência das coisas, e não pra usar a minha câmera.
Quem pensa que a vida de um fotógrafo é fácil deveria ler a excelente matéria Profissão Perigo, por Anderson Estevan, da National Geographic Brasil. A matéria fala sobre as dificuldades que os fotógrafos da National enfrentam pra conseguir imagens incríveis. E pra quem pensa que fotógrafo vive de equipamento caro, conheçam Ytallo Barreto.
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